quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

KoRn - Blind


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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Da escolha da máscara

E porque também não sair da sala de aula? É uma grande perda os 3 anos de ensino médio, totalmente voltados pro vestibular. Três anos inteiros voltados para uma prova! Não seria melhor, por sua vez, fazer com que os alunos conhecessem o dia a dia da profissão que eles pensam seguir? Por que não colocar os alunos em contato direto com empresas, hospitais, creches, azilos, teatros, etc.? E deixar que esses profissionais mostrem como é estar inserido na sociedade, no caos... enfim, mostrarem-se com e sem as suas máscaras sociais, para que os alunos possam, dessa forma, perceberem aonde eles tem maior capacidade de intervenção!
É totalmente inapropiado centrar o processo didático em uma única esfera disciplinar. O conteúdo abordado na prova dos vestibulares está muito aquém do imenso leque de oportunidades e campos de atuação disponíveis. Além disso, há a questão da decisão, já que é muito difícil atribuir uma faixa etária adequada, pois que a descoberta de si mesmo e do outro - por si mesmo - podem ocorrer em qualquer idade.
Estaria, dessa forma, colocando um pouco de ação na morosidade que é estar numa sala de aula, além de mostrar respeito pela pessoa do aluno, inserido num clima de competição egoísta.

Essas ideias podem até parecer cômicas a muitos professores atuantes, levando-se em conta ainda o fato de que eu sou muito novo e atuo como professor eventual (provisório), provavelmente nada devo saber da elevada tragédia que se passa neste palco. Mas o meu propósito aqui não é contrastar o real com o imaginário, nem colocar minhas ideias no crivo gélido do pessimismo reinante de professores que sequer sabem se comunicar (expressão e comunicação deveriam ser disciplinas obrigatórias nos programas de licenciatura).

A ferida está exposta, aplicaremos o remédio? O que aconteceria, afinal, se os alunos, antes de escolherem qual carreira seguir, pudessem ter um contato real com a profissão desejada? Há, neste momento, algum professor lendo e rindo da minha cara, ironizando minha conduta que procurou não interiorizar nenhuma norma sem antes criticá-la?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mudanças sociais radicais

Existe sentimento mais nobre do que o de querer mudar o mundo? Lhe digo, pois, que só há uma explicação para esta revolta que brota dentro de mim. A de querer mudar o mundo para que eu mesmo possa me adequar a ele e, assim, poder agir plenamente. Nada mais nobre do que isso!
Eu que agora tomo um rumo e sou chamado de professor por pessoas não muito diferentes de mim mesmo, uma profissão tão virtuosa, tão prazerosa e tão trágica! Pois nela, constantemente a "realidade" lhe vem à cara, lhe policiando, lhe dizendo da impossibilidade de se ter prazer dando aulas... por isso a arte, aos poemas as batatas!

E falamos tanto de guerra que falarei também de outra batalha que é travada diariamente entre professores e alunos. Ninguém quer falar sobre isso, mas a guerra está declarada em cada palavra, em cada olhar, no tratamento dirigido, no programa de ensino que poda a critaividade e o questionamento. A mudança é urgente e, ao que me parece, terá que vir como uma imposição mesmo! Imposta, por ser urgente, pois a atmosfera está demasiadamente tóxica!

Tóxicos que de tão venenosos tornaram minha arte feia, sem cores, sem graça... seria, então, válido, usar o tom bélico para pintar o meu quadro? É certo que, de um jeito ou de outro, há necessidade de trazer o belo de volta às aulas. E por que não aproveitar-se do clima beligerante e usá-lo, não na forma de ameaça, mas sim como uma forma de atração?

E daí, deste início beligerante, mostrar que, apesar de todas as repressões sociais vivenciadas na carne e no espírito, temos a nossa disposição infinitas possibilidades. E que podemos ser 3, podemos ser 300! Podemos ser 300, pois esta repressão toda gera descontentamento, e é através dele que se percebe como somos desvalorizados pela lógica econômica, que nos chantageia e corrompe.

E é aí que eu entro exercendo meu outro papel... o de miserável, implorando por diálogo. De que outra forma seria? Que melhor jeito de poder dar oportunidade à liberdade, a não ser permitindo a livre exposição das idéias, proporcionando assim o "conhece-te a ti mesmo" e também a conscientização da responsabilidade pelos atos cometidos, podendo estes serem dignos de ajuizamento ou respeito? Trabalho de formiga, eu sei.

Pois se há injustiça, a culpa não é do mundo! Não há nada mais justo do que o nosso mundo, mas a nossa busca por justiça, nossas legislações, faz com que a justiça mude de tempos em tempos. Assim, cada época apresenta também um modelo de vitória e outro de fracasso. E, em razão disso, aquela justiça capaz de formar pessoas livres e autônomas ainda não me foi apresentada e, se foi, pouco pude dela desfrutar. O que me é permitido realizar em troca do meu salário? O que me é permitido realizar de concreto mesmo, perante a legislação? Já fui soldado, me tornei miserável e passo a ser, agora, escravo de quem legisla?

Não o seria se meu salário valesse o esforço que emprego! Mas, da forma como tudo se apresenta, me vejo sendo desvalorizado. Há alguém, neste mundo, que se propõe a ganhar menos do que merece em favor de um bem comum maior? Que lugar feliz aquele em que todos trabalham em favor de uma comunidade capaz de sustentar seus cidadãos economicamente!

As artes, as artes... o artista busca a liberdade, pois é ali que ele se expressa. Aos poemas as batatas!!!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Em nome....


...da terra, do fogo, da água e do ar, eu te batizo, coração!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

E tem mais Tom Zé!

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Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar

Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

Tom Zé

Cego com cego


Eu vi o cego lendo a corda da viola
Cego com cego no duelo do sertão
Eu vi o cego dando nó cego na cobra
Vi cego preso na gaiola da visão
Pássaro preto voando pra muito longe
E a cabra cega enxergando a escuridão

Eu vi o pai eu vi a mãe eu vi a filha
Via novilha que é filha da novilhá
Eu vi a réplica da réplica da bíblia
Na invenção dum cantador de ciençá
Vi o cordeiro de deus num ovo vazio
Fiquei com frio te pedi pra me esquentá

Eu via a luz da luz do preto dos seus olhos
Quando o sertão num mar de flor esfloresceu
Sol parabelo para belo sobre a terra
Gente só morre para provar que viveu
Eu vi o não eu vi a bala matadeira
Eu vi o cão, fui nos óio e era eu

Eu vi a lua na cacunda do cometa
Vi a zabumba e o fole a zabumbá
Eu vi o raio quando o, céu todo corisca
E o triângulo engulindo faiscá
Via galáctea branca na galáctea preta
Eu vi o dia e a noite se encontrá

Tom Zé e Zé Miguel Wisnik

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

domingo, 11 de janeiro de 2009

Rosa, verdade humano (Espero, desespero humano)

Estou aqui, "vivendo"
Um dia após o outro...
Comendo, andando, voando
Um dia após o outro...
Me esforçando, para amar para odiar
Um dia após o outro...

Me esforço para acordar, mas só consigo sonhar...
E quando parece que finalmente acordei,
Quando finalmente eu vejo, falo, ouço, toco você:
Acordo do sonho dentro do sonho?

Então, em meio a toda minha vida pseudo-urbana,
Em meio aos ônibus que não preciso pegar
Em meio a toda minha vida urbana, comum,
Ao jornal, revistas, cinema e cafés
Em meio ao cigarro e a cerveja gelada e cachaça quente
E em meio a todos os tipos mais assustadores de
Insetos, vermes, ratos...

Em meio aos meus desejos, tão pequenos
que não valem mais do que o caminhão
de lixo que limpa o condomínio
Eu vejo, cego que sou, através da mão que me segurou
Eu vejo, através do seu calor
Eu vejo, sinestesicamente, além da vertigem
que me deixa tonto...

Sim, eu vejo, só não vejo tudo
Pois tudo o que vejo, imagino.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Eu achei um mapa marcado com um enorme X


"pq todo momento tem que ser vivido como se o último fosse. e é !
mas vc tem que sentir isso."

"esse é seu problema…..vc queria !
vc faz uma coisa, para outra !
mas a outra está no futuro, não existe !
e o seu maior presente lhe escapa pelas mãos…
vc pode se frustrar !"

15 de Agosto de 2008