terça-feira, 15 de julho de 2008

Só agora pareço estar leve suficiente para poder ficar de pé. Caminhar para a saída agora será outro desafio. Minha cabeça gira e dói...talvez porque fazia tempo que meu sangue não circulava. E meus pés...há um espinho em meu pé! E por isso estou mancando, diria um amigo. Mas preciso caminhar, assim mesmo. E preciso seguir uma direção pois não há tempo para andar em círculos. Preciso achar uma saída. Agora!

Então caminho, cambaleante. Posso estar faminto agora, mas nunca estive tão perto de voar, finalmente! Estou sozinho como nunca estive antes, abandonado e com muitas dores.
Sonhos estranhos, rumo ao desconhecido...por incrível que pareça, como todos, estava me acostumando a esta rotina infernal! Não havia parecer existir nada além daqui!
Nosso sangue escorrendo, nossa vida se esvaziando e todos aqui...querendo mais o quê? Aqui, nunca haverá nada a mais!
Não existe Pato Fernando!

A única coisa real, aqui, é a nossa morte! E quem não vê isso, abraça a morte antes do tempo sem nem perceber! Entendido isso, não há mais nada de especial aqui. Pois para todos, tudo continua igual...para mim, o que mudou?
Só segui o meu curso natural...eu tinha que começar a rastejar, pois simplesmente não queria me matar! Agora ando, mancando, a cabeça doendo até não sei quando...talvez ela doa justamente porque esta não é a hora de dormir.

Depois eu durmo. Primeiro a porta.

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