Uma nova forma de ver
A abundância elétrica do coração
Desocultando a minha visão
Atento, agora, ao que sou e faço
Inicio meu propósito
Eliminando o que me é desnecessário
Se isto é paz...se isto é harmonia...
Já não sei, pois eu mesmo não sei
o que esses conceitos vêm a ser
Serenidade... sim, serenidade!
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Breakerfall
A música alta pertuba
nossa conversa
O som da guitarra penetra
nos ouvidos e confunde
a atenção
Estamos com nossa saúde em dia
mas a conversa versa sobre assuntos
um tanto quanto... mórbidos
E o som? Bem, a música
vem do quarto de uma pessoa
muito doente... a beira da morte!
Eu não a conheço mas solicitam que eu abaixe o volume...
Pesados são os passos em direção a este quarto
onde alguém agoniza ao som de "Breakerfall"
Minhas pernas vacilam no corredor
Me apóio nas paredes para não cair no chão...
Preciso continuar, abrir aquela porta,
Entrar naquele quarto...
Um pé... outro pé
Um pé... outro pé
Um pé... outro pé
Estou agora de frente para a porta
A abro e lá está...nas paredes,
no teto, no chão, na paisagem...
um lugar espetacularmente familiar!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Estamos sentados frente a frente
na beira de um penhasco
compartilhando um cigarro
O chão treme, minha cadeira vacila
E ameaço cair!
Supero a vertigem, me ponho de pé
E levo minha cadeira para sentar ao seu lado.
E a mesa tomba! Olho para o lado e vejo que você se foi também!
Desco o penhasco a pé e pouco a pouco
Vou recuperando tudo o que havia sobre a mesa...
Um estojo com lápis colorido
No fundo do precipício encontro minha carteira
Com todos meus documentos
Chihiro relembra seu nome!
Mas não encontro você...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Tá certo, resolvi sentar a bunda e escrever... vou escrevendo pra ver se consigo parir algo aqui. Se não, isso quer dizer que não estva gávido! Isso quer dizer que não há nada plantado aqui...issso quer dizer que sou infértil, improdutivo, nulo, um peso...
E, se for isso mesmo, pouco me importo quer saber? Eu tenho desejos sim! Eu quero muitas coisas (nem tanto assim), mas quero! Fico imaginando como seria se eu tivesse alguma companhia, como seria se eu tivesse alguém que pudesse me entender, como seria se eu conhecesse alguem com quem eu pudesse ser quem eu sou de verdade e, no meio dessa choradeira toda, acabo deixando de perceber como eu sou, de verdade, a "crazy fucking luck duck"... é, isso mesmo! tenho em minha frente a oportunidade de ser como eu sou, mas criado numa família de gansos desperdiçadores de oportunidades... pois eh fácil chorar, dizer que falta o ar, dizer como a vida cotidiana é chata, falar do esforço para continuar a viver uma vida irrisória, sem viço, sem sentido! É fácil culpar a família também! É fácil dizer-se de mentira e é mais fácil ainda verbalizar o desejo se ser uma pessoa de verdade... difícil é ser de verdade, porque isso chama a atenção quando o que eu quero é ser deixado em paz para realizar (e não verbalizar) o que trago em mim.
Me impressiona o fato de muitas pessoas desejarem a atenção dos outros. Me impressiona essa vontade de ser o centro que irradia luz (ou será trevas?) para todos os lados. Me incomoda profundamente essa dependência de atenção! Porque querer chamar a atenção para si? Para que? E o resultado desastroso disso é que quem quer atenção e se sente bem com isso, logo imagina que isto (a atenção) faz bem e não consegue entender que existem outras pessoas que se incomodam ao terem todos os olhares voltados para si.
Poxa, eu sou só um cara! Não sou comediante, ator dramático, poeta nem qualquer coisa que valha! Não estou guardando nenhum segredo comigo! Querem saber de segredos? Vão ler algum livro que preste!
Adoro conversar...de verdade, gosto mesmo! Meu desejo? Mutação, transfiguração, iluminação...quer que eu defina? Pois bem... realização total e completa de todo o meu potencial, deixando de usar a minha curta vida como desculpa ou barreira para a relaização deste desejo. Hoje mesmo, estava perambulando no internet, no blog do Kaslu (Me despedi dele sim, mas isso nao me impede de ler suas bobagens...) e me deparei com um conjunto de palavras escritas por Henry Miller:
Percebi que nunca tivera o menor interesse em
viver, mas apenas nisso que estou fazendo
agora, algo que é paralelo à vida, que faz parte
e ao mesmo tempo fica além dela. Absolutamente não
me interessa o que é real. Só me interessa o que eu imagino que é,
aquilo que sufoquei todos os dias a fim de viver.
by Henri Miller, in
Trópico de Capricórnio
Primeiro achei inteligente...depois meio babaca. Mas o que verdadeiramente penso desse texto? Tenho real interesse em viver? Em fazer planos? Se eu morresse agora? Minha vida teria sido suficiente para que minha morte fosse consciente?
Estou diante de uma mutação...de uma pergunta essencial, pois esse pequeno trecho de Henry Miller está para mudar o que penso sobre o que é viver! Que ato é esse que faz parte e, ao mesmo tempo, está além da vida? Qual é o ato paralelo à vida? Afinal de contas, isso existe ou é fruto da mente translouca de Miller? E se for, faria alguma diferença? Não para Miller!
Adoro conversar...odeio aparecer!
E, se for isso mesmo, pouco me importo quer saber? Eu tenho desejos sim! Eu quero muitas coisas (nem tanto assim), mas quero! Fico imaginando como seria se eu tivesse alguma companhia, como seria se eu tivesse alguém que pudesse me entender, como seria se eu conhecesse alguem com quem eu pudesse ser quem eu sou de verdade e, no meio dessa choradeira toda, acabo deixando de perceber como eu sou, de verdade, a "crazy fucking luck duck"... é, isso mesmo! tenho em minha frente a oportunidade de ser como eu sou, mas criado numa família de gansos desperdiçadores de oportunidades... pois eh fácil chorar, dizer que falta o ar, dizer como a vida cotidiana é chata, falar do esforço para continuar a viver uma vida irrisória, sem viço, sem sentido! É fácil culpar a família também! É fácil dizer-se de mentira e é mais fácil ainda verbalizar o desejo se ser uma pessoa de verdade... difícil é ser de verdade, porque isso chama a atenção quando o que eu quero é ser deixado em paz para realizar (e não verbalizar) o que trago em mim.
Me impressiona o fato de muitas pessoas desejarem a atenção dos outros. Me impressiona essa vontade de ser o centro que irradia luz (ou será trevas?) para todos os lados. Me incomoda profundamente essa dependência de atenção! Porque querer chamar a atenção para si? Para que? E o resultado desastroso disso é que quem quer atenção e se sente bem com isso, logo imagina que isto (a atenção) faz bem e não consegue entender que existem outras pessoas que se incomodam ao terem todos os olhares voltados para si.
Poxa, eu sou só um cara! Não sou comediante, ator dramático, poeta nem qualquer coisa que valha! Não estou guardando nenhum segredo comigo! Querem saber de segredos? Vão ler algum livro que preste!
Adoro conversar...de verdade, gosto mesmo! Meu desejo? Mutação, transfiguração, iluminação...quer que eu defina? Pois bem... realização total e completa de todo o meu potencial, deixando de usar a minha curta vida como desculpa ou barreira para a relaização deste desejo. Hoje mesmo, estava perambulando no internet, no blog do Kaslu (Me despedi dele sim, mas isso nao me impede de ler suas bobagens...) e me deparei com um conjunto de palavras escritas por Henry Miller:
Percebi que nunca tivera o menor interesse em
viver, mas apenas nisso que estou fazendo
agora, algo que é paralelo à vida, que faz parte
e ao mesmo tempo fica além dela. Absolutamente não
me interessa o que é real. Só me interessa o que eu imagino que é,
aquilo que sufoquei todos os dias a fim de viver.
by Henri Miller, in
Trópico de Capricórnio
Primeiro achei inteligente...depois meio babaca. Mas o que verdadeiramente penso desse texto? Tenho real interesse em viver? Em fazer planos? Se eu morresse agora? Minha vida teria sido suficiente para que minha morte fosse consciente?
Estou diante de uma mutação...de uma pergunta essencial, pois esse pequeno trecho de Henry Miller está para mudar o que penso sobre o que é viver! Que ato é esse que faz parte e, ao mesmo tempo, está além da vida? Qual é o ato paralelo à vida? Afinal de contas, isso existe ou é fruto da mente translouca de Miller? E se for, faria alguma diferença? Não para Miller!
Adoro conversar...odeio aparecer!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Off he goes ou Lá vai ele
off he goes
pearl jam
Know a man, his face seemed pulled and tense
Like he's riding, on a motorbike in the strongest winds
So I approach with tact, suggest that he should relax
But he's always moving much too fast
Said he'll see me on the flipside
On this trip he's taken for a ride
He's been taking too much on
There he goes with his perfectly unkept clothes
There he goes
He's yet to come back, but I've seen his picture
It doesn't look the same up on the rack
We go way back
And I wonder bout his insides
Its like his thoughts are too big for his size
He's been taken, where I don't know
There he goes with his perfectly unkept hope
There he goes
And now I rub my eyes, for he has returned
Seems my preconceptions are what, should've been burned
For he still smiles, and he's still strong
Nothing's changed but the surrounding bullshit, that has grown
And now he's home, and we're laughing
Like we always did my same old, same old friend
Until a quarter to ten
I saw the strain creep in
He seems distracted and I know just what is going to happen next
Before his first step, He's off again
domingo, 8 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Parto inacabado
O mito da caverna de Platão... seres humanos que nascem e crescem dentro de uma caverna e lá permanecem acorrentados. Uma fogueira acesa projeta as sombras dos ocupantes nas paredes da caverna e aquela é toda a realidade. Pessoas não-nascidas sem a possibilidade de poderem expressar o que elas são, verdadeiramente! Precisamos nascer! Precisamos dar a devida importância ao vislumbramento causado pela luz do dia!
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